segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A mente educada!

Tenho lido um capítulo do livro "A mente educada" de Kieran Egan. Esse texto pelo qual me interessei e busquei  trata de elocubrações sobre a ironia desde tempos mais remotos. 
Um texto denso, complexo, cansativo, mas que produz reflexões importantes como por exemplo: A ironia corrói a confiança, dissolve o significado e mina toda e qualquer pretensão à insegurança intelectual. (p. 208). Já pensei sobre essa máxima em tantas situações.... a última foi numa defesa de qualificação de mestrado na UMESP. E olha que numa banca cabe bastante ironia!! 
Embora seja um mecanismo sofisticado de expressão humana, acaba levando muitas conversas para cantos apertados e esteiras que derrubam a gente. Sobra aquela sensação de torpor e incongruência e a gente fica sem saber "se riram pra mim ou de mim". Acho que já experimentamos tal sensação não é?
Deixe aqui sua experiência com a ironia e me diga o que acha!!
bjubju
@angieso

sábado, 4 de dezembro de 2010

Reflexão EBD - 05/12/2010


Pão Quentinho » Crescer Dói
“E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça….”

Há um livro interessante que acabou virando filme, chamado “O Tambor”, do alemão Günter Grass. É a história de um menino teimoso que se recusava a crescer. Quando queria alguma coisa pegava seu tambor e ficava batendo com um cabo de vassoura sobre ele até que alguém o atendesse. E já com idade adulta tinha a aparência e o corpo de uma criança.
Às vezes penso que é menos penoso continuar sendo o que sempre fomos. Para que arriscar? Para que sair do porto seguro e singrar por rios perigosos e traiçoeiros, que não conhecemos bem? Para que sair do aconchego dos pensamentos que trazem sossego à alma, e aventurar-se por abismos e montes escarpados? O senso comum diz que viver na planície é mais seguro que escalar as altas montanhas.
Há cristãos que gostam de viver nas planícies – as montanhas lhes dão vertigens. Há cristãos que se recusam a sair da segurança encontrada nos limites do terreno em que ele mantém controle, e sair fora dessa área demarcada na alma é inimaginável para ele. É o medo de “perder” a identidade, é o medo do novo, o medo do não conhecido.
Crescer é “abandonar” posições confortáveis, é deixar o que é seguro, é começar a subir em direção ao ar rarefeito dos cumes. Crescer é recusar a permanecer no conquistado, é romper com o passado, uma ruptura que vai levar a uma descontinuidade da rota até então vivida. Crescer dói porque nos leva a dar um passo quando queríamos ficar parados. Os fariseus foram incapazes de entender o que Jesus dizia e fazia porque recusavam dar o segundo passado, a andar a segunda milha…
Todos os seres vivos, animais e vegetais e até mesmo os minerais têm em si o potencial de crescimento. Uma semente de laranja carrega em si a potencialidade de um pé frondoso carregado de frutos. Um pires com água e sal deixado por alguns dias começa a produzir pequenos cristais de sódio. Todas as plantas crescem em direção ao sol.
Creio que o cristão traz em si a capacidade de crescimento que o Espírito nos dá. Se não temos crescido devemos olhar o que tem impedido esse processo. Muito provavelmente desenvolvemos “apegos” à nossa forma de ser. Eles funcionam como laços que nos impedem de dizer adeus à nossa infância, aos nossos quereres, às manhas e manias, à forma fixa de pensar. Não raro vemos adultos carregando sombras não resolvidas do passado que assombram o presente, vemos homens e mulheres incapazes de um relacionamento saudável por conta de resquícios infantis.
Paulo diz que ele plantou, Apolo regou, mas Deus é quem dá o crescimento. Todo pai quer ver seu filho crescendo. É o processo natural. A não ser que sofra de “nanismo”, que é o desejo inconsciente de não crescer. “Anões espirituais” temem quebrar paradigmas, a ir além do que foi dado.
Obsessão pelo passado, ou tentar encontrar no presente imagens de um passado que já se foi podem indicar um estratagema mental para não olhar para frente, e com isso não ter a responsabilidade de crescer.
Crescer dói, mas sem crescer não há como alcançar a estatura que Deus deseja para nós.
Pr. Daniel Rocha

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

TIMIDEZ!

TIMIDEZ - Cecilia Meireles

Timidez
Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...
- mas só esse eu não farei.
Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes...
- palavra que não direi.
Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,
- que amargamente inventei.
E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando...
e um dia me acabarei.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

sábado, 25 de setembro de 2010

Se liga!!


Moda infantil é coisa de criança

sex, 24/09/10 por milton.jung | categoria Dora Estevam
 Por Dora Estevam

Boa Palavra!!

SOBRE SANTOS E MUNDANOS

“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém
amar o mundo, o amor do Pai não está nele” (1Jo 2.15)


Boa parcela de cristãos costuma fazer certa confusão quando se refere ao “mundo”. Embora a bíblia use sempre o mesmo vocábulo (kósmos), é preciso reconhecer os seus diferentes significados: há o “mundo”, globo terrestre, que inclui toda obra da Criação, a humanidade e suas gentes, e há o “mundo” entendido como perversão de valores, lugar de trevas e engano. Mundo, então, neste sentido, é a ideologia vigente que se rebela ao Eterno, e leva a tragédia à existência humana. Quem vive sob esta ótica não tem como amar a Deus, pois se tornou escravo do sistema e o seu “eu” é o seu próprio deus.

A bíblia alerta: “não ameis o mundo” (ideologia), mas diz que “Deus amou ao mundo” (pessoas).

Geograficamente, o cristão está “no” mundo, embora não seja “do” mundo, e Jesus roga ao Pai para que não tirasse os seus filhos do mundo, mas que tão somente  os guardasse do mal (Jo 17.15).

Mundo-perversão não é necessariamente um lugar geográfico, mas ele sempre surgirá onde predominam pensamentos, atitudes e posturas contrárias ao Evangelho. Até a igreja pode ser mais “mundo” que o mundo se os seus valores estiverem invertidos. Disputa pelo poder, busca de sucesso e glamour, espírito de competição, e satisfação de interesses pessoais, sempre nascem de uma visão “mundana”.  Quando Lutero tentou evadir-se das mazelas da sociedade do seu tempo, se refugiou num mosteiro, mas logo percebeu que “o mundo” estava presente ali tanto quanto lá fora.

Pode um cristão compartilhar da amizade e companhia de pessoas “do mundo”? Claro, o mundo é o nosso campo de atuação, é onde a luz precisa brilhar, e o sal salgar. Jesus, orando ao Pai, disse: “Assim como Tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” (Jo 17.18).

Quando Paulo escreve: “não vos associeis com os impuros” (1Co 5.9) significa: “não comungueis com as ideias e posturas que não correspondam aos valores do Reino”. Ou seja, viva no mundo, mas não se prenda à valoração deste mundo. Não manter contato com “impuros” seria impossível, pois senão “teríeis de sair do mundo” (1Co 5.10), finaliza o apóstolo.

Interessante, como um Jesus inegavelmente santo, vai às festas que o convidam,  não se importa com a fama de quem ele se senta à mesa, dá de ombros quando é  chamado de “glutão e beberrão, amigo de pecadores” (Lc 7.34), e não faz acepção de pessoas. Em tudo isso ele não se maculou. 

Um aspecto que a igreja às vezes tem dificuldades em admitir, é de que Deus além de ter amado o mundo de tal forma que enviou o Seu Filho, Ele também outorga as suas bênçãos a todas as pessoas, independentemente delas aderirem à fé ou não. É a “graça comum”, que embora não conduza à salvação de seus recebedores, é concedida pelo Pai que “faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mt 5.45). “O Senhor é bom para todos” (Sl 145.9), ensina o salmista. 

Eric Lidell, campeão olímpico nos 100m em 1924, no filme Carruagens de Fogo disse: “Creio que Deus me fez para um propósito, mas Ele também me fez veloz, e quando eu corro, sei que agrado a Deus”. Mais tarde ele diria que “desistir de correr, seria despreza-Lo”. Depois Lidell tornou-se missionário e terminou seus dias num campo de concentração na China aos 43 anos.

É de Deus que vem todo talento e destreza nas artes em geral, na música, no cinema, teatro, esportes, na literatura.... Tudo que é belo, tudo o que é bom, e todo dom perfeito vem do Alto (Tg 1.17). Por vezes, muitos incrédulos são até mesmo mais aquinhoados com talentos que os próprios cristãos confessos, pois “os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz” (Lc 16.8).

Só assim é possível entender porque há tantas coisas boas na vida, produzidas por gente do “mundo”. Os versos de Pessoa, a voz limpa e clara da Ana Carolina, as canções do U2, o vozeirão rouco do Louis Armstrong, os dribles do Neymar, a guitarra do B.B.King, os girassóis de Van Gogh, a genialidade do Bill Gates, e tudo o mais que há de belo e perfeito tiveram origem em Deus. Origem em Deus, eu repito  – e não no diabo – ainda que estes não reconheçam nem glorifiquem ao Eterno.

Agora, quem não é capaz de ver beleza nestas coisas, duvido que aprecie o que verá no céu, pois na Nova Jerusalém os reis da terra apresentarão a Deus a glória que possuem e a honra das nações (Ap 21.24-26). Creio que lá estarão presentes o acervo do Louvre, do Masp e a metade de Florença com suas pinturas e afrescos.

Há coisas que estão no mundo, mas não são “mundanas”. Por isso, enquanto puder quero continuar levando meu filho ao estádio, assistir filmes que emocionem, dar muita risada com o Jim Carrey, gastar dinheiro com livros, ler a Folha e o Estadão enquanto tomo café, comer churrasco com a família reunida,  e descansar janeiro na praia, sem fazer nada...., pois “nada há melhor para o homem do que comer, beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu trabalho. No entanto, vi também que isto vem da mão de Deus, pois, separado deste, quem pode comer ou quem pode alegrar-se?” (Ec 2.24-25).


Pr. Daniel Rocha

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

IX Festival da Escola de Balet Evelyn

14/08/2010 - 17:00
Teatro Humberto Mauro no C.E.U. MENINOS
Rua Barbinos, 111 - Jd. Patente
São Paulo - SP
http://www.metodista.br/gestaodecidades/blog/?m=201007
Por uma Educação Humanizante

“Eu preparo uma canção que faça acordar os homens e adormeça uma criança”.  Drummond.
Penso que refletir sobre o ser humano na perspectiva de uma transformação social e expansão da consciência é um exercício absolutamente necessário no processo educativo de caráter individual e coletivo, sobretudo para a emancipação humana.
O educador Paulo Freire sugere que a experiência somente se faz cultural quando se concretiza pelo reconhecimento da educabilidade das pessoas e das instituições e, nesse fazer, organiza-se como símbolo, aceito e pactuado coletivamente. Desse modo, a experiência se educa continuamente pelas novas interlocuções, novas leituras de mundo e da palavra, por meio de novas abordagens.
Algumas de suas ideias, discutidas em Pedagogia do Oprimido, e que vêm ao encontro à proposta dessa reflexão, lançam um olhar sobre a conscientização da opressão contida na sociedade e no ato educativo. Também convoca homens, mulheres e crianças para uma luta pelo direito de ser humano, pelo trabalho livre, pela afirmação como pessoas, a partir de uma educação igualmente libertadora, uma vez que a carência de liberdade compromete o exercício da cidadania.
Esse jugo que carregamos, tido como um problema social crônico, resquício de uma educação burguesa no processo de promoção da distinção de classe, se mostra como signo superior perante os de baixo e declara como prioridade a construção de barreiras sociais, imobilizando e atravancando novas aprendizagens. Um dos sintomas já conhecido por poucos, mas não identificado por muitos, é a imitação, que restringe atitudes, determina padrões e ações das camadas menos favorecidas, gerando uma aceitação fácil e dócil do caráter de distinção. Não haveria opressor se não houvesse pessoas que se deixam oprimir, reproduzindo os vícios e manias das classes superiores. Você conhece o conto de Helen E. Buckley, sobre “Os gostos e as cores”?  Veja lá como o professor dá a medida de seu poder e responsabilidade.
Dizem os sábios que só o oprimido pode libertar o opressor! Nesse sentido, a pedagogia do oprimido se revela como uma ação problematizadora, ao potencializar a pedagogia do homem e a valorizar a educação como prática de inovação e liberdade. Já que nas ações educativas tanto o educando como o educador, aprendem e ensinam, simultaneamente, mediante a valorização do diálogo, da reflexão, da criatividade, eximindo os interesses individuais, a desumanização e o falso saber.
Professora Angela Soares Louzada dos Santos
Membro do Comitê Executivo da Cátedra Gestão de Cidades

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Clarice Lispector na Sesc Consolação!


Serviço

O Que:Outros Contextos – Clarice Lispector
Quando:
  • de 08/06 a 31/07

    • Sábados das 09:00 às 18:00
    • SegundasTerçasQuartasQuintas e Sextas das 13:00 às 20:00
Confira todas as datas 
Quanto:Catraca Livre
Onde:Sesc Consolação
Endereço:Rua Dr. Vila Nova, 245. Vila Buarque - Centro. Telefone: (11) 3234-3000
As informações acima são de responsabilidade do estabelecimento e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.



Quanto menor o QI da mulher,
maior o saldo bancário do marido

Quanto menor o QI da mulher,<br/> maior o saldo bancário do marido

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Seleções do Okubo - Educação: SP - SARESP 2010

Seleções do Okubo - Educação: SP - SARESP 2010

O pobre cocozinho

Era uma vez um cocô. Um cocozinho feio e fedidinho, jogado no pasto de uma fazenda. Coitado do cocô! Desde que veio ao mundo, ele vinha tentando conversar com alguém, fazer amigos, mas quem passava por ali não queria saber dele:
- Hum! Que coisa fedida! - diziam as crianças.
- Cuidado! Não encostem na sujeira! - Avisavam os adultos.
E o cocozinho, sozinho, passava o tempo cantando, triste:
Sou um pobre cocozinho
Tão feinho, fedidinho
Eu não sirvo para nada.
Ninguém quer saber de mim..
De vez em quando ele via uma criança e torcia para que ela chegasse perto dele, mas era sempre a mesma coisa:
- Olha a porcaria! - repetiam todos.
Não restava nada para o cocô fazer, a não ser cantar baixinho:
Sou um pobre cocozinho.
Tão feinho, fedidinho...
Um dia ele viu que um homem se aproximava. Já imaginando o que ia acontecer, o cocozinho se encolheu. "Mais um que vai me xingar", pensou.
Mas...Oh! Surpresa! O homem foi chegando, abrindo um sorriso, e seu rosto se iluminou:
- Mas que maravilha! Que belo cocô! Era exatamente disso que eu precisava.
O cocô nem acreditava no que estava ouvindo. Maravilha, ele?
Precisando? Aquele homem devia ser maluco!
Pois aquele homem não era maluco, não. Era um jardineiro. E, usando uma pá, com todo o cuidado, ele levou o cocozinho para um lindo jardim. Ali, acomodou-o na terra, ao pé de uma roseira. E, depois de alguns dias, o cocozinho percebeu, feliz e orgulhoso, que graças a sua força, a roseira tinha feito brotar uma magnífica rosa vermelha, bela e perfumada.
Conto de Rosane Pamplona

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Pra rua me levar- Ana e Seu Jorge

A formação do povo brasileiro - Educador Brasil Escola

A formação do povo brasileiro - Educador Brasil Escola

que preto branco índio o quê?
branco índio preto o quê?
índio preto branco o quê?

aqui somos mestiços mulatos
cafuzos pardos mamelucos sararás
crilouros guaranisseis e judárabes

orientupis orientupis
ameriquítalos luso nipo caboclos
orientupis orientupis
iberibárbaros indo ciganagôs
[...]
aqui somos mestiços mulatos
cafuzos pardos tapuias tupinamboclos
americarataís yorubárbaros.

somos o que somos
inclassificáveis.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Como Penelope saiu das ruas para se tornar uma líder mundial em educação

Como Penelope saiu das ruas para se tornar uma líder mundial em educação

Como Penelope saiu das ruas para se tornar uma líder mundial em educação


Penelope Machipi, foto de Filipe Redondo/ÉPOCA
Penelope Machipi, 23 anos, é uma mulher de gestos delicados e quando fala, parece sussurrar. Quem a vê pela primeira vez não imagina a trajetória e força dessa mulher nascida na zona rural da Zâmbia. Penolope veio ao Brasil como convidada do Antítodo – Mostra Internacional de Ações Culturais em Zona de conflito, que acontece nesta semana no ItaúCultural, em São Paulo. Nesta quarta-feira, ela contará como deixou as ruas onde chegou a trabalhar como prostituta para voltar aos bancos da escola e se tornar uma referência de direitos das crianças e mulheres em seu país.
Hoje essa moça é gestora do Centro de Comunicação e Tecnologia da Informação em sua cidade Samfya e membro da organização não governamental Camfed que promove a educação. No ano passado, Penelope entrou na lista da revista Fortune e do banco Godlman Sachs como uma das mulheres mais poderosas do mundo, ao lado de celebridades da política internacional, como a ex-chanceler americana Condolezza Rice e recebeu US$ 25.000 pelo prêmio de Liderança Feminina. Com essa verba Penolepe está produzindo um documentário sobre violência contra a mulher. Esse é seu segundo filme. O primeiro, Nasange inshila (em português, Eu encontrei meu caminho) foi realizado com outras 22 mulheres e aplaudido no Festival de Cinema de Burkina Faso, uma referência cinematográfica na África.
Conversei com Penelope e ela me contou um pouco mais sobre sua vida. Aos oito anos, ficou órfã de pai e mãe. Ela , então, saiu do campo para ir morar com o irmão Bruno na casa de uma tia na cidade de Samfya, na zona norte do país. Com os oito filhos da tia, ao todo eram dez crianças e assim Penelope teve que abandonar os estudos. “Minha tia não tinha como pagar nossas despesas escolares”( na Zâmbia, escola pública é paga). Aos 10 anos, ela começou a trabalhar no mercado de peixe para ajudar nas despesas da casa. Com cerca de 13 anos, ingressou na prostituição. Sobre esse período, ela preferiu não falar. Foi nessa época que conheceu a organização Camfed que apóia meninas que querem estudar. Para recuperar o tempo perdido, Penelope diz que teve que se esforçar muito mais que as outras crianças. “Estudava até meia-noite”.
Hoje, além trabalhar como professora de tecnologia em um centro que abriga cerca de 200 crianças e de seguir com a carreira de cineasta, Penelope é uma importante ativista em sua comunidade e dá palestras por toda Zâmbia. Ela afirma que se uma menina frequenta a escola, as chances de sua família inteira progredir são muito maiores, porque, segundo ela, “as mães são diretamente responsáveis pelo estudo de seus filhos”. Para produzir seu segundo documentário que aborda a violência contra a mulher, ela reuniu relatos de mulheres que foram estupradas, apanharam e receberam outros tipos de maus tratos dos companheiros. Ela me disse que em nenhum momento de seu documentário se sentiu ameaçada por contar essas atrocidades. Penelope também afirmou estar feliz por poder compartilhar seu trabalho com outras pessoas e que pretende conhecer outros cineastas aqui no Brasil que dividam suas experiências com ela.
Ao conhecer histórias como a de Penelope, penso que o que muitas pessoas precisam é apenas de uma oportunidade. Você não acha?

Zahar Catálogo Amor Líquido

Zahar Catálogo Amor Líquido
Amor Líquido
Sobre a fragilidade dos laços humanos

SINOPSE

A modernidade líquida – um mundo repleto de sinais confusos, propenso a mudar com rapidez e de forma imprevisível – em que vivemos traz consigo uma misteriosa fragilidade dos laços humanos, um amor líquido. Zygmunt Bauman, um dos mais originais e perspicazes sociólogos em atividade, investiga nesse livro de que forma nossas relações tornam-se cada vez mais "flexíveis", gerando níveis de insegurança sempre maiores. A prioridade a relacionamentos em “redes”, as quais podem ser tecidas ou desmanchadas com igual facilidade – e freqüentemente sem que isso envolva nenhum contato além do virtual –, faz com que não saibamos mais manter laços a longo prazo. Mais que uma mera e triste constatação, esse livro é um alerta: não apenas as relações amorosas e os vínculos familiares são afetados, mas também a nossa capacidade de tratar um estranho com humanidade é prejudicada. Como exemplo, o autor examina a crise na atual política imigratória de diversos países da União Européia e a forma como a sociedade tende a creditar seus medos, sempre crescentes, a estrangeiros e refugiados. Com sua usual percepção fina e apurada, Bauman busca esclarecer, registrar e apreender de que forma o homem sem vínculos — figura central dos tempos modernos — se conecta.

Zahar Catálogo Capitalismo parasitário

Zahar Catálogo Capitalismo parasitário


Capitalismo parasitário
e outros temas contemporâneos
SINOPSE

O aclamado sociólogo Zygmunt Bauman lança nesse novo livro o seu olhar crítico sobre temas variados do mundo contemporâneo: cartões de crédito, anorexia, bulimia, a crise financeira de 2009 e suas possíveis soluções, a inutilidade da educação nos moldes atuais, a cultura como balcão de mercadorias... Todos são fenômenos que colaboram para o mal-estar dominante em nossas sociedades, e estão brilhantemente relacionados ao conceito de liquidez desenvolvido pelo sociólogo. Aspectos tão diferentes são articulados de maneira densa, produzindo uma compreensão singular das raízes desse mal-estar.

Mais uma vez, as ideias de Bauman orientam e iluminam nossa compreensão da atualidade, tocando na raiz dos problemas da vida cotidiana.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Boa segunda-feira!

"Oxalá nos caiba derramar luz solar em seu caminho, iluminar suas penas com o bálsamo da simpatia, dar-lhes a pura alegria de uma afeto que nunca se cansa, fortalecer seu ânimo que desfalece, inspirar-lhes fé em horas de desesperança". (Berthand Russel em Misticismo e lógica).

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Será?




1 Contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer.
2 dizendo: Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava os homens.
3 Havia também naquela mesma cidade uma viúva que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário.
4 E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens,
5 todavia, como esta viúva me incomoda, hei de fazer-lhe justiça, para que ela não continue a vir molestar-me.
6 Prosseguiu o Senhor: Ouvi o que diz esse juiz injusto.
7 E não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que dia e noite clamam a ele, já que é longânimo para com eles?
8 Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Contudo quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?
Lucas 18:1-8

sábado, 3 de abril de 2010

Certas canções que ouço cabem tão bem dentro de mim, que perguntar carece...como não fui eu que fiz?

http://www.youtube.com/watch?v=4TRWDqfNyGk

Borboletas são tão belas o que seria delas se não pudessem voar? 

O céu e as estrelas não poderiam vê-las passar 
Lá fora eu vejo um mundo e sinto lá no fundo 
que aqui não é o meu lugar 
Eu sou pequenininha e fico aqui sozinha a sonhar 
O meu coração me diz que ainda posso ser feliz 
Voar para bem longe como eu sempre quis 
Um dia eu tive a chance de ter ao meu alcance 
o que fez transformar sonho em realidade, escuridão em brilho no olhar 
Eu vi que na verdade a dor um dia pode ter fim 
Achei a liberdade, ela tava dentro de mim 
O meu coração me diz agora eu já sou feliz 
Voei para bem longe como eu sempre quis... 

Só quero que você saiba que estou pensando em você...Bibi

http://www.youtube.com/watch?v=iQNFBO9eOp0
Eu só quero que você saiba Que estou pensando em você Agora e sempre mais Eu só quero que você ouça A canção que eu fiz pra dizer Que eu te adoro cada vez mais E que eu te quero sempre em paz Tô com sintomas de saudade Tô pensando em você E como eu te quero tanto bem Aonde for não quero dor Eu tomo conta de você Mas te quero livre também Como o tempo vai e o vento vem Eu só quero que você caiba No meu colo Porque eu te adoro cada vez mais Eu só quero que você siga Para onde quiser Que eu não vou ficar muito atrás Tô com sintomas de saudade Tô pensando em você E como eu te quero tanto bem Aonde for não quero dor Eu tomo conta de você Mas te quero livre também Como o tempo vai e o vento vem Eu só quero que você saiba Que estou pensando em você Mas te quero livre também Como o tempo vai e o vento vem E que eu te quero livre também Como o tempo vai e o vento vem

domingo, 21 de março de 2010

Fetos apresentam formas primitivas de memória


Estudo aponta que a partir da 30ª semana, e talvez até antes, o cérebro humano começa a armazenar lembranças
Quando a memória começa? Não podemos nos recordar conscientemente de todas as imagens de nossa infância, mas com certeza aprendemos associações importantes e duradouras desde muito jovens. Um novo trabalho sugere que esse processo começa já no útero. Em um estudo publicado no periódico científico Child Development, pesquisadores da Holanda defendem a existência da memória de curto prazo em fetos de 30 a 38 semanas. Para chegar a essa conclusão, primeiro eles acoplaram um aparelho vibratório com buzina no abdome de 93 mulheres grávidas.
Os fetos rapidamente se “acostumaram” ao som – ou seja, perceberam que o barulho não representava ameaça. Quando o ouviram novamente, dez minutos depois, não se contorceram, e a frequência cardíaca permaneceu inalterada. “É como se acostumar com uma estação de trem de Nova York”, diz o coordenar do estudo, G.Nijhuis, professor de obstetrícia na Universidade de Maastricht. “Distinguir estímulos seguros daqueles que trazem riscos requer capacidade de aprendizado. Trata-se de uma forma primitiva de memória.
Os fetos de 34 semanas se lembraram do som até quatro semanas depois do experimento. “O estudo aponta claramente que, a partir de 30 semanas e talvez até antes, o cérebro humano começa a armazenar memórias de curto prazo e pode até estar armazenando algumas lembranças de longo prazo; esse é um período muito sensível no desenvolvimento”, afirma Rahil Briggs, diretora do Health Steps no Centro Médico Montefiore e professora-assistente de pediatria na Faculdade de Medicina Albert Einstein.
Os fetos também se acostumaram com outras coisas. Mães que abusam de substâncias proibidas dão à luz bebês dependentes de drogas. Um estudo descobriu que crianças de mães que assistem a uma novela popular em espanhol, enquanto estão grávidas, se acalmam ao ouvir a música tema do programa. “É curioso, mas alguns pais que leem para os filhos no útero garantem que seus bebês nascem reconhecendo suas vozes”, diz a pediatra Tanya Remer Altmann, porta-voz da Academia Americana de Pediatria.
O importante é ser cuidadoso perto do bebê – mesmo que ele ainda não tenha nascido. E talvez mesmo fetos mais novos desenvolvam memória. “O ambiente dentro e fora do útero é essencial”, avalia o pediatra Dimitri Christakis, diretor Seattles Children’s Hospital.

Seis pistas para você descobrir se está pronto para a terapia.


Aliviar a tristeza com ajuda especializada exige empenho e coragem

Por Minha Vida
Às vezes, a tristeza é tanta que não imaginamos ninguém capaz de entender por que nos sentimos assim. Não dá vontade de conversar nem com aquela melhor amiga, que sempre ouve tudo, mas... É, você já matou a charada. O problema está bem aí: você fala, ela ouve. E tudo continua igual, ou seja, tudo indica que toda essa tormenta pode voltar a se repetir mais adiante. Já que não dá mesmo para montar uma cúpula e viver isolada dos problemas, que tal então dar um jeito de lidar melhor com eles? Não se trata de milagre e, muito menos, de remédio. O alívio responde pelo nome de terapia. 

"Ela proporciona um porto seguro para os pacientes revelarem a si próprios o mais inteiramente possível. Mais que isso, oferece-lhes a experiência de serem aceitos e compreendidos depois de uma profunda exposição", escreve Irvin Yalom, professor de psiquiatria da Universidade de Stanford e autor de Os desafios da terapia -- reflexões para pacientes e terapeutas (Ediouro; R$ 39,90).Com a ajuda dele, listamos seis motivos para ajudar você a identificar se está na hora de combinar aquelas compridas -- e insubstituíveis! -- horas junto à sua melhor amiga com um apoio mais especializado, arremessando para bem longe todo esse peso terrível que, vez ou outra, insiste em aterrissar nas suas costas.

1. Vontade. Só esse motivo já é suficiente para você, pelo menos, procurar um terapeuta. Mas, independente da curiosidade que já justifica a entrevista (é assim que o psicólogo chama a sua primeira conversa com ele, normalmente gratuita), a boa vontade é fundamental para o sucesso de qualquer tratamento desse tipo. Isso porque, para mudar aquilo que está incomodando, você precisa estar disposta a ouvir o que o especialista tem a dizer -- o que não significa concordar com tudo, de maneira alguma. Mas, se estiver sem motivação sequer de começar, respire fundo e espere. Pode ser mesmo que ainda não seja a sua hora.

2. Seus problemas são sempre os mesmos. A gente não percebe, mas acaba reagindo da mesma forma à maioria das situações. Resultado? Sem notar, fazemos com que eventos terrivelmente desconfortáveis repitam-se várias e várias vezes. Como só reclamar não adianta nada, um bom terapeuta vai desfiar todo esse novelo e identificar onde está o nó, ajudando você a quebrar os padrões de comportamento que dão origem ao seu sofrimento.

3. Desejo de mudar. Aquela pedrinha está ali no seu sapato há anos e você não entende como ela apareceu. Ótimo, você já tem um ponto que explique -- e muito bem! -- uma visita ao psicólogo: alguma coisa está te incomodando. A questão, agora, é saber o que parece mais agradável: remover a tal da pedra (ainda que, talvez, você descubra que tem chulé quando tirar o sapato) ou continuar andando meio manquitola por mais um tempo. Mexer nos seus sentimentos não é fácil e pode causar um grande mal-estar, principalmente no começo. Mas, com um pouco de paciência e apoio especializado, dá para superar esse desafio e ainda sair dele com mais força seguir adiante.

4. Estar pronto para ouvir. Está achando que começar terapia é só soltar a língua e sair falando todos os seus problemas? É isso, também. Mas não só. Claro que o psicólogo precisa conhecer o que anda se passando na sua cabeça. Mas relaxe um pouco e escute o que ele tem a dizer. Aí está uma das principais diferenças entre uma conversa com sua amiga e uma sessão terapêutica: nesta última, ninguém vai julgar ou criticar você,nem falar o que fazer. O especialista vai tirar um raio-X da situação e mostrar, com detalhes, como tudo aconteceu para chegar até ali. O próximo passo é contigo.

5. Descobrir que você não é bem assim. No começo, a função do psicólogo pode ser comparada à de um oftalmologista: é como se ele escolhesse a lente certa no seu caso, ajudando a enxergar os problemas (e alegrias) do tamanho exato que tudo isso tem para você -- e mais, ele vai mostrar de onde vêm os parâmetros usados na hora de estabelecer essas medidas. Por que você fica tão arrasada quando recebe uma crítica, por menor que ela seja? E por que se sente desconfortável quando ouve um elogio, por mais merecido que ele seja? Prepare-se para refletir sobre perguntas desse tipo. 

6. Ajustar as suas vontades. De uma maneira bastante simples, a terapia serve como uma espécie de mapa, que revela um grande tesouro: o que você realmente quer. Não raro, a sua vontade é diferente daquela que seu pai, sua mãe, seu marido, seus filhos (ou quem mais for importante na sua vida) têm em relação a você. Mas, no dia-a-dia, entra tudo num grande caldeirão de desejos e, sem saber diferenciar uma coisa e outra, a frustração acaba se instalando -- não é mole abrir mão do que você quer em nome do que os outros pensam ser o mais adequado. No começo, não adianta esconder, vai dar mesmo um pouco de medo de enfrentar esse esquadrão que, por muito tempo, definiu o certo e o errado do seu dicionário. Mas isso passa e, quando menos esperar, você já vai ter encontrado força para assumir que seus desejos são, na verdade, diferentes daqueles que projetaram em cima de você. E, pode acreditar, ninguém vai deixar de amar você por causa disso.