quinta-feira, 28 de maio de 2009

A Fraternidade é Frágil!

À medida que os sonhos de uma sociedade muito mais justa diminuíram, a esquecida palavra fraternidade foi ressurgindo. Os mais sonhadores podem não gostar dessa palavra, os individualistas podem ironizá-la, mas a vida se esvazia sem esses elos entre a casa e o mundo. A fraternidade não envolve só os laços familiares, mas principalmente os de amizade, os irmãos da vida. São esses enlaces fraternos que criam os suportes para se enfrentarem as dores das perdas, ajudando assim a suportar as tristezas, bem como festejar as conquistas, amando a vida como ela é. De fato, nunca se sabe com certeza como a vida é. Ademais, ela não pergunta, as coisas acontecem, e não é por acaso que tanto tem sido escrito sobre os relacionamentos e a arte de viver. Arte essa que passa pela capacidade de ter alguns amigos indispensáveis para conversar e assim mudar a forma de olhar o cotidiano.A fraternidade é frágil, como já se sabe desde os tempos bíblicos, pois o primeiro crime ocorreu entre irmãos, quando Caim matou Abel por inveja. As rivalidades fraternas seguem na Bíblia com Jacó e Esaú, com os irmãos de José, que o venderam como escravo para o Egito; muitos anos após, quando se tornou ministro do faraó, teve a chance de se vingar da crueldade dos irmãos e não o fez, introduzindo a fraternidade na Bíblia. O vínculo fraterno é paradoxal, oscila como duplo entre a ameaça à identidade imaginária da criança e ao mesmo tempo é mais uma de suas identificações. Esse vínculo também é a base de apoio da solidariedade, que estimula as ações coletivas e alivia o desamparo. Já Cícero definia o humano como frágil e perecível e, por isso, enfatizou como os amigos são necessários para darem conselhos e porque sem amigos não há alegria.Apesar dos desencontros que ocorrem nos percursos da existência, é preciso fazer o elogio da amizade. Quem já viveu a experiência de ser ajudado ou já foi capaz de ações de desprendimento sabe toda a importância do outro. Há poucos dias, li na internet como um grupo de amigas fez um almoço para uma delas, que havia tido uma perda importante. Alguns esportistas não esquecem os colegas do passado e sabem ser bondosos quando um ou outro precisa. Quando ocorrem atos fraternos, a humanidade se enriquece, são iniciativas que diminuem o ceticismo geral. Atos que deveriam ser mais divulgados na mídia para que todos soubessem, todos os dias, não só das corrupções e crueldades, mas da quantidade de gestos nobres que acontecem. Se há nos jornais páginas esportivas, políticas e policiais, poderia haver uma da solidariedade.Já é mais do que hora de recuperar o quanto de humanidade tenhamos perdido, e pode ajudar a leitura do poema Aos que Vão Nascer, do marxista Bertold Brecht: “Ah e nós, que queríamos preparar o chão para o amor, não pudemos nós mesmos ser amigos”. Uma frase sobre o futuro da humanidade, a possibilidade da utopia, a importância da humildade, bem como ter na amizade a primeira esperança.
(Abrão Slavutzky. Psiquiatra, Psicanalista, residente em Porto Alegre, RS)

terça-feira, 26 de maio de 2009

Quanta Leveza!!

Eva Cassidy - over the rainbow
http://www.youtube.com/watch?v=eUwTdqPkluY

Over The Rainbow.


Eva Cassidy

Somewhere over the rainbow, way up high
In the land that I heard of once, once in a lullaby.
Somewhere over the rainbow, skies are blue
And the dreams that you dare to dream really do come true.
Someday I'll wish upon a star
And wake up where the clouds are far behind me.
Where troubles melt like lemon drops
Away above the chimney tops
That's where you'll find me.
instrumental
Someday I'll wish upon a star
And wake up where the clouds are far behind me.
Where troubles melt like lemon drops
Away above the chimney tops
That's where you'll find me.
Somewhere over the rainbow, skies are blue
And the dreams that you dare to dream really do come true.
If happy little blue birds fly
Above the rainbow why, oh why can't I?

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Por uma Economia Solidária

"Que para todos haja sempre pão para iluminar a mesa
Educação para aliviar a ignorância
Saúde para espantar a morte
Terra para colher o futuro
Teto para abrigar a esperança
E trabalho para fazer dignas as mãos" (EZLN, 1996)
(Relexão do Colóquio sobre Economia Solidária na Cátedra Gestão de Cidades/UMESP)